segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Religião x Política - Finalidade desviada pelo poder


RELIGIÃO E POLÍTICA:
Finalidade desviada pelo Poder!

Os grandes conflitos e revoluções do mundo foram movidos em nome de ideais de ordem política ou religiosa. Depois de ultrapassada a lei do mais forte (fisicamente falando), lá nos primórdios, a liderança de um povo foi atribuída, por séculos, àqueles supostamente dotados de poderes divinos, muitos dos quais foram considerados os próprios deuses de seus povos.

Como se vê, a religião atuou sempre como uma forma de controle social, estipulando regras baseadas em uma crença divida, cuja veracidade era impossível de ser provada, sem garantias concretas. Tudo exclusivamente fundamentado na fé.

Note-se que a fé, que nada mais é do que a confiança que se tem em algo ou alguém, era um instrumento poderoso nas mãos dos mais espertos. Ora, prescindia-se de explicações e de satisfações, governava-se da forma que bem entendesse, pois era a "vontade dos deuses" e esta deveria ser indiscutivelmente obedecida.

Neste prumo, a criação do Estado (ente para o qual o povo transfere grande parte de sua liberdade em troca da prestação de elementos mínimos para a concretização do bem-comum) esteve diretamente ligada à Igreja. Na verdade, a política e a religião nasceram juntas e, assim, permaneceram durante todo o desenrolar da história.

O Estado Político atuava em nome da Igreja que, supostamente, atuava em nome da Vontade de Deus que, por sua vez, teoricamente atuava em nome do Povo. Caminho longo, né? Mais do que longo, cômodo.


De lá para cá, pouca coisa mudou. Até mesmo quando a soberania deixou de ser atribuída aos deuses na maior parte do mundo, com o surgimento da chamada Democracia ("vontade do povo"), a religião continua a ser usada como pretexto para golpes políticos, guerras, terrorismos, leviandades.


O fato é que a autoridade e a soberania, seja disfarçada por pseudo-divindades ou eleita pelo povo, seduz de tal forma que leva as pessoas a praticar verdadeiros absurdos contra a humanidade. O poder corrompe e, não raro, leva à insanidade.

A Guerra do Iraque, os constantes conflitos no Oriente Médio, bem como os atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e 11 de março de 2004 em Madrid, nada mais são do que exemplos claros da uma luta sangrenta e cruel pelo poder.

E não me venham como essa de ideais democráticos e humanos ou de vontade divina. Esses são tão-somente pretextos, infelizmente aceitos por grande parte de um povo cego pela fé e pela crença em seus representantes, que em nada os representam. Representam eles mesmos e as suas ganâncias.

Para Bush (que cita o nome de Deus em seus discursos) não basta governar o país mais economicamente poderoso do mundo, ele quer um império absoluto, tal como quiseram outros no passado, como Mussolini e Hitler (cada qual com suas crenças), provocando necessariamente massacre, sofrimento, injustiça e revolta.

Os participantes do atual espetáculo de terror podem até ser a Al-Qaeda, ETA, George W. Bush, Saddam Hussein, entre tantos outros... mas o fato é que a história se repete, só que agora numa dimensão imensamente maior, cuja proporção ainda não pode ser mensurada, sabendo-se que está apenas (re)começando.

Minha religião? Fazer o bem....

Andrea Marinho, 21 anos, Estudante - Natal/RN
Fonte: http://www.cronistas.com.br/default.asp?ID_CRONICA=690